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Fale com pacientes sobre o cérebro, diz Valentin Fuster

Relação entre coração e cérebro é objeto de estudo do cardiologista


Valentin Fuster, diretor do Instituto Cardiovascular do Hospital Mount Sinai (Nova Iorque), apresentou na abertura do World Congress of Cardiology (WCC) 2022 a conferência Novas fronteiras na saúde cardiovascular: do coração ao cérebro. “Se vocês tem pacientes que constantemente dizem ‘Doutor, você está me chateando com pare de fumar, coma melhor’. Fale com esses pacientes sobre o cérebro”, afirmou Fuster.


A relação entre o coração e o cérebro é um dos principais objetos de estudo de Fuster. Segundo o médio, em indivíduos assintomáticos de meia idade o risco cardiovascular está associado com o hipometabolismo do cérebro. Fuster destacou que as diretrizes ainda ignoram as doenças subclínicas, focando em eventos críticos como derrames e infartos.


Em relação às estratégias preventivas, o cardiologista afirma que devem ser iniciadas debaixo para cima, com promoção da saúde na infância envolvendo a escola e as famílias. “É um erro pensar que tudo depende dos políticos. De forma alguma, as coisas começam por baixo. Comece pelas crianças, vá ao sistema escolar e, finalmente, quando você tiver dados randomizados políticos acreditaram”, afirma Fuster.


O cardiologista apresentou uma série de estudos recentes, com destaque para o SECURE, que avaliou o uso de polipílula contendo aspirina, atorvastatina e ramipril para redução do risco de novo evento coronariano. Fuster destacou que os resultados mostram menor recorrência de eventos cardiovasculares seguidos por infarto do miocárdio, provavelmente devido à maior aderência ao tratamento. “O uso da polipílula cardiovascular como uma abordagem de substituição pode ser parte integral da estratégia global para melhorar a prevenção secundária”, disse.

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