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Por que conhecer os dados de epidemiologia e saúde global

É claro que todo cardiologista precisa dominar o conhecimento sobre o que fazer com o seu paciente. No entanto, saber mais sobre a situação global das doenças cardiovasculares e seus determinantes é como colocar um alfinete no mapa e entender o impacto de sua atuação


Sempre escutamos histórias como aquela de que as doenças oncológicas irão passar as cardiovasculares em número de mortes. Será que isso vai acontecer mesmo? E, se for acontecer, será quando?


“Precisamos, como cardiologistas, ter respostas na ponta da língua quando ouvimos indagações assim, seja em uma eventual entrevista ou dos próprios pacientes no consultório. E essas respostas, por sua vez, devem ser amparadas nos melhores dados disponíveis”, opina Carísi Anne Polanczyk, membro do comitê científico do 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia / World Congress of Cardiology (WCC 2022). Ela é uma das pessoas responsáveis pelas atividades sobre epidemiologia e saúde global do evento.


Para que os congressistas tenham uma visão de tendências nesse sentido, a recomendação é de que não percam o Joint Symposium AHA-SBC-WHF: Prevenção e epidemiologia das doenças cardiovasculares em 2022 (dia 13 de outubro, às 15h40, no auditório 13).



Mudanças climáticas, poluição e excesso de exposição digital


Esses são alguns dos fatores de risco populacionais emergentes apresentados na mesa-redonda que acontecerá no dia 15 de outubro, às 9 horas, no auditório 9.


“Antes, achávamos que a poluição teria um efeito muito leve sobre o coração e que, na prática, ela não seria tão importante para ser levada em conta pelo cardiologista clínico”, lembra Carísi Polanczyk. “Agora, desconfiamos que não seja bem assim. Cada vez fica mais claro que os poluentes podem pesar para o desenvolvimento precoce de doenças como o diabetes, que abalam a saúde cardiovascular”, diz.


A alimentação de cada um


Ela também chama a atenção para as novas evidências a respeito de fatores de risco nutricionais, que serão abordadas na mesma mesa. “Há uma tendência forte de a gente individualizar o risco também de acordo com o que cada pessoa come”, conta. Esse tópico será apresentado por ninguém menos do que o cardiologista Fausto Pinto, atual presidente da World Heart Federation.


“Não somos iguais. Costumo brincar que um sapato não serve para todo mundo. Um perfil alimentar que para uns é prejudicial ao coração não oferece maiores ameaças a outros. Talvez daí venham aqueles mitos como 'ovo faz mal’ ou 'pode comer ovo’. Portanto, vamos discutir os substratos científicos que estão por trás disso”, fala Carísi Polanczyk.

Aspectos sócio-econômicos


A vulnerabilidade social e econômica aumenta o risco de toda e qualquer doença, isso é um fato inegável. Mas as cardiovasculares parecem se ressentir ainda mais.


Com esse foco, Abordando as desigualdades em saúde desde a base (dia 15 de outubro, às 10h40, no auditório 9) é atividade especial elaborada pela World Heart Federation, com a participação de Jose Patricio Lopes Jaramillo, da Universidade de Santander, na Colômbia, para falar da situação da América Latina, e de Thomas Gaziano, do Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos, para abordar as desigualdades nesse país.


“O congressista sairá com uma visão ampla, reconhecendo o contexto desses determinantes e será provocado a encontrar saídas para diminuir o seu impacto”, espera Carísi Polanczyk.


Quem participar do WCC 2022 estará por dentro de tudo o que acontece no mundo em termos de doenças cardiovasculares, ouvindo de perto os maiores nomes da cardiologia de diversos países, que levarão para o Rio de Janeiro os dados mais recentes e relevantes.


Portanto, programe-se para estar conosco entre os dias 13 e 15 de outubro, no Centro de Convenções Riocentro.




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